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História

 O Centro de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Paraná (CCE) foi inaugurado na data de 10 de setembro de 1969, sendo vinculado inicialmente ao Instituto de Física. Na ocasião a Universidade recebeu um computador de terceira geração (IBM-1130), como um poderoso instrumento para agilizar a sua Administração, Ensino, Pesquisa e Extensão.

Naquela época, tudo que se relacionava com controle acadêmico era feito pelas próprias coordenações de cursos, manualmente, ou seja, diários de classe, listas de notas, currículos dos cursos, declarações, históricos escolares, certificados e outros documentos, eram todos gerados por datilografia em máquinas de escrever. Algumas coordenações possuíam máquinas de escrever elétricas e outras ainda utilizavam modelos manuais, bem antigos. As informações eram completamente descentralizadas, o que dificultava para a administração superior obter dados que representassem a universidade como um todo.

Com a chegada do IBM-1130, na época um “supercomputador”, esta realidade poderia ser mudada, mas, entre a sua instalação e sua utilização adequada, surgiram dificuldades, como o fato de não haver profissionais na UFPR com conhecimentos necessários na área de processamento de dados (termo usado na época) e tampouco quadro específico com cargos da área para possibilitar a contratação desses profissionais, era tudo muito novo.

O CCE em 1969, quando foi inaugurado, contava apenas com funcionários administrativos. Após a instalação do IBM-1130, cursos foram realizados para professores dos setores de Ciências Exatas e Ciências Tecnológicas, que começaram a usar o computador mais para fins científicos do que propriamente para fins administrativos ou acadêmicos. No IBM-1130, não havia espaço para armazenar dados, existia um disco que era única e exclusivamente para armazenar o sistema operacional do computador. Os programas e os dados eram gravados em cartões perfurados de 80 colunas, usando códigos binários, que eram perfurados em perfuradoras que convertiam a linguagem de programação e os dados para base binária. A leitora de cartões lia o “deck” de cartões, enviava as informações para o computador que processava os dados, gerando listagens com os resultados.

Os alunos dos cursos da área de exatas e tecnologia, usavam o IBM-1130 para processamentos estatísticos, cálculos usados na física e nas engenharias.

No ano de 1972, o CCE passou a contar com mais funcionários administrativos, mas que estavam sendo preparados para atuar como operadores e programadores.

Em 1975, a UFPR em convênio com o MEC, criou o Curso de Tecnólogo de Nível Superior em Processamento de Dados, que formaria profissionais com conhecimento na área de processamento de dados, necessidade do mercado e também da própria UFPR, para desenvolver sistemas administrativos e principalmente o de controle acadêmico.

Ainda em 1975, foi realizada a contratação de profissionais da área de informática e aprovado o quadro próprio pelo Departamento de Administração e Serviço Público – DASP.

Alguns professores com conhecimento na área de desenvolvimento de sistemas foram designados para planejar o desenvolvimento dos sistemas para a UFPR. Um novo computador, mais moderno, com potencial de armazenamento de informações e com capacidade de trabalhar com mais de uma linguagem de programação era indiscutivelmente necessário.

Com a necessidade de implantação do controle acadêmico automatizado, em 1976 a UFPR firmou convênio com a Companhia de Telecomunicações do Paraná – TELEPAR, pelo qual o Centro de Computação viria a utilizar o Sistema Computacional DEC-10, de propriedade daquela companhia, responsabilizando-se esta, pela disponibilidade dos recursos do seu Centro de Processamento de Dados, na modalidade “Time-Sharing” (tempo compartilhado, o processador gerencia o seu uso em fatias de tempo para cada usuário, milésimos de segundos, vários usuários ao mesmo tempo, sem perceber que o tempo é dividido entre eles). Através de recursos do FNDE, foram comprados materiais e equipamentos que possibilitariam a conexão dos terminais instalados no CCE ao Computador DEC-10 da TELEPAR, tornando possível o inicio do desenvolvimento de um Sistema de Controle Acadêmico. A situação era de urgência, o número de alunos era cada vez maior, não existia um sistema e o controle nos registros dos Históricos Escolares estava cada vez mais difícil, ocasionando muita demora para atender os pedidos de documentos feitos por estes alunos. O novo sistema seria migrado para o computador que a universidade planejava adquirir assim que o mesmo fosse instalado no CCE. Para que esta migração ocorresse automaticamente a UFPR deveria adquirir um computador compatível com o que seria utilizado na TELEPAR.

Durante os trabalhos de levantamentos sobre o Sistema de Controle Acadêmico, algumas consultas foram feitas em outras universidades e, a UNICAMP, Universidade Estadual de Campinas, que possuía um DEC-10, tinha um sistema que atendia as necessidades da UFPR. Os técnicos responsáveis e representantes do Departamento de Assuntos Acadêmico (DAA), foram até Campinas conhecer o sistema. Vendo seu funcionamento e o que seria necessário para seu uso na UFPR, concluíram que o sistema atendia quase totalmente a UFPR e que pequenas implementações seriam suficientes para colocar o sistema em produção. A UFPR e a UNICAMP celebraram acordo de troca de conhecimentos e novos sistemas. A UNICAMP disponibilizou para a UFPR, todos os programas fonte que faziam parte do sistema.

Ainda em 1976, a UFPR instalou o sistema da UNICAMP no DEC-10 da TELEPAR. Foram convocadas todas as coordenações de curso para fornecerem os dados acadêmicos de seus alunos. Estas informações seriam digitadas e gravadas em um arquivo de dados. Estes dados seriam acessados pelos programas do sistema, possibilitando a geração de relatórios. Na época ainda não se falava em banco de dados, os arquivos com as informações eram compostos de registros com vários caracteres (popularmente conhecidos como “linguições”), acessados seqüencialmente. Em alguns casos, através de programas simulava-se acessos diretos, com a criação de chaves.

O levantamento dos dados de todos os alunos, sua digitação e conferência foi considerada como uma operação de guerra, exigiu empenho de todos os que estavam envolvidos, pois, sem estes dados de nada adiantava ter um sistema, os relatórios seriam gerados com as informações que estivessem gravadas nos arquivos. Esta implantação não foi um mar de rosas, o trabalho era grande, tanto do pessoal das coordenações como dos técnicos do CCE que testavam o sistema e alteravam o que não atendia à realidade da UFPR. Além disso, existiam aquelas pessoas que não acreditavam que o sistema melhoraria sua forma de trabalho, e, resistiam às mudanças, muitas vezes até boicotando os serviços.

Enquanto todo este trabalho acontecia, a UFPR negociava um novo computador. Foi escolhido um “DEC-10 da Digital ”, que atendia as necessidades administrativas , acadêmicas e era igual ao que já utilizava na TELEPAR.

No final de 1978, a UFPR realizou um concurso público para área de informática, com vagas para os cargos de Analista de Sistemas, Programador de Computador, Operador de Computador e Digitador. Com isso o quadro oficial de profissionais de informática na UFPR era acrescido em números de vagas, o que atenderia em parte a demanda de serviços. Estes novos contratados seriam lotados no CCE. Para reforçar as equipes, alguns professores eram contratados como Analistas de Sistemas fora do quadro oficial, através de contrato especial por tempo determinado, com a função de coordenar as equipes de informática e desenvolver novos sistemas, como o controle acadêmico e também a folha de pagamento.

Em janeiro de 1980, o DEC-10 era entregue ao CCE, computador de grande porte, que seria chamado de “mainframe”, realmente era de grande porte. Como o CCE era localizado no 4º andar do Edifício da Administração no Centro Politécnico, sua CPU não passava nas escadas e tampouco entrava no elevador, além de ser bastante pesada. A solução foi retirar as esquadrias de alumínio que formavam as janelas da sala onde ela seria instalada, fazendo um grande vão e então içá-la com um guindaste, que a levou do térreo até o 4º andar pelo lado de fora do prédio, foi uma operação fantástica e para sorte de todos, realizada com sucesso.

Durante o ano de 1980, vários cursos foram ministrados aos técnicos para conhecer a nova máquina, que já estava sendo usada para testes e também para atender as necessidades acadêmicas. Os alunos utilizavam o novo computador para trabalhos de linguagem de programação e também para trabalhos dos cursos do setor de exatas e do setor de tecnologia. Ainda eram usados cartões perfurados para montar estes trabalhos, porém, a nova máquina tinha discos para armazenar as informações e o processamento era muito mais rápido, o que agilizava a saída dos resultados. Para atendimento destes alunos, foi montada uma sala no sub-solo do prédio da administração, onde os alunos digitavam seus trabalhos nas perfuradoras, e, neste mesmo local um operador de computador recebia estes trabalhos, lia os cartões na leitora de cartões, o computador recebia os dados, processava, emitia a listagem com os possíveis erros ou então com o resultado esperado, retornando todo este material ao respectivo aluno. Posteriormente o método de cartões perfurados foi substituído por terminais conectados diretamente ao DEC-10 instalados na sala de atendimento, onde o aluno digitava seu trabalho que era gravado diretamente em um espaço (conta) no disco rígido, que cada aluno matriculado possuía. O processamento era imediato, sem interferência do operador, somente as listagens com os resultados eram impressas na única impressora que existia, sendo necessário que o operador destacasse estes relatórios e entregasse ao respectivo aluno, identificados pelo número de matrícula.

Ainda em 1980, a UFPR migrou seu Sistema de Controle Acadêmico que ficava no computador da TELEPAR para o DEC-10, já em funcionamento no CCE. Esta migração foi bastante tranqüila pois os computadores eram compatíveis.

No final de 1980, o sistema de controle acadêmico já estava funcionando plenamente no CCE. Algumas rotinas ainda eram feitas manualmente nas coordenações, mas, diários de classe e histórico escolar não precisavam ser datilografados, eram emitidos na impressora ligada ao DEC-10, em formulário continuo, onde grande quantidade de linhas eram impressas em pouco tempo. Para que tudo isso funcionasse, o arquivo geral com os dados dos alunos deveria estar sempre sendo alimentado, as atualizações dos dados eram feitas através de programas que recebiam dados, gerando arquivos com as informações novas (matricula, notas, freqüência) que posteriormente eram processadas por outro programa que atualizaria as informações no arquivo geral. Estas atualizações não eram feitas “on-line”, a forma utilizada na época era chamada de processamento em “batch”, ou seja, as atualizações eram gravadas em um arquivo, que através de um série de comandos, normalmente processados a noite, atualizava a base de dados.

A equipe responsável pela manutenção do Sistema de Controle Acadêmico, nos seus 13 anos de existência, implantou várias rotinas novas, adequou várias rotinas que existiam, todas atendendo às mudanças que o Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) determinava, mas, todo sistema tem uma vida útil limitada. Estando o sistema existente com mais de 10 anos, considerando que novos cursos estavam sendo criados e o número de alunos aumentava consideravelmente, a UFPR necessitava de um novo sistema para poder atender a demanda. Além de tudo isso, um dos maiores problemas para a Administração Superior da UFPR era quando o MEC requisitava dados estatísticos. Números como: totais de alunos por curso, totais de alunos por idade, sexo, totais de formandos no ano, totais de formados, dados estes, extraídos do controle acadêmico, eram gerados sem grandes problemas. Porém, muitas vezes eram necessários levantamentos de alunos que também eram funcionários, alunos da pós-graduação que poderiam ser docentes ou funcionários e outras combinações que exigiam uma integração do Sistema de Controle Acadêmico com o Sistema de Recursos Humanos, integração esta que não existia, sendo muitas vezes feito manualmente o levantamento destes dados.

O Sistema de Recursos Humanos desenvolvido pelo CCE nos anos de 1979 e 1980, era isolado. Os arquivos de dados dos sistemas acadêmico e de RH não tinham nenhum relacionamento. Todo levantamento que exigisse o cruzamento de informações entre sistemas era praticamente feito na mão. Além das exigências do MEC, a própria universidade precisava de uma maneira mais fácil e rápida de obter seus números e conhecer sua realidade.

Diante disso, os gestores da UFPR junto com a direção do CCE passaram a buscar uma solução para o problema: desenvolver no próprio CCE um novo sistema integrado ou consultar outras universidades sobre seus sistemas e até negociar a disponibilidade de alguma universidade fornecer seu sistema.

Em 1989, a UFPR foi até a Universidade de São Paulo (USP) conhecer o SINCO/SAU – Sistema Integrado de Informações e Comunicação/Sistema de Automação Universitária , desenvolvido e adotado pela USP, composto de quatro módulos: Sistema de Protocolo, Sistema de Recursos Humanos, Sistema de Controle Acadêmico e Sistema de Gerenciamento de Acesso e Tabelas. Vários técnicos foram até a USP conhecer o sistema. Depois de muitas reuniões e discussões sobre a viabilidade de sua adequação à realidade da UFPR, decidiu-se pela sua implantação. Como o próprio nome diz, era um sistema integrado, ou seja, os módulos se comunicavam entre si, por exemplo, o Sistema de Protocolo (SAU-01) que cuidava da tramitação de documentos ou processos, buscava no Sistema de Recursos Humanos (SAU-02), a informação sobre a pessoa que estava abrindo ou tramitando um processo, se realmente era um funcionário ou um professor, e no Sistema de Gerenciamento de Acesso e Tabelas (SAU-07) se a pessoa tinha permissão de acesso. O Sistema de Controle Acadêmico (SAU-05) buscava informações no SAU-02 (RH) sobre os docentes, sua carga horária, departamento de lotação, situação, para poder abrir turmas e ofertar disciplinas. Este novo sistema já tinha seus dados organizados em um banco de dados hierárquico. O acesso e as atualizações aconteciam de forma on-line, ou seja, através de terminais conectados diretamente ao sistema, através de transações.

O Sistema Integrado de Informações e Comunicação da UFPR tinha como propósito a integração dos diferentes sistemas existentes e outros a serem implantados na UFPR através de um meio formal de comunicação de informações.

A proposta de criação do SINCO partiu das necessidades detectadas de se colocar à disposição da Comunidade Universitária um elenco de informações confiáveis. Sua configuração seria um importante recurso de organização e métodos capaz de permitir conhecimento do sistema universitário através dos dados e informações contributivas ao planejamento, à administração, à avaliação e ao desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Sobre a arquitetura do SINCO consta em documentos da época que: o SINCO se constitui em um conjunto de sistemas computadorizados, processados em computadores de uso geral ou especialistas,de acordo com as necessidades específicas de cada sistema; o SINCO deve ser passível de acesso a partir de qualquer local do campus da UFPR de forma que através de qualquer terminal se possa acessar qualquer base de dados da UFPR, além de outras públicas ou privadas nacionais e internacionais.

O novo sistema não era compatível com o computador DEC-10, diante disso, foi realizada uma licitação para a compra de novo computador, que seria semelhante ao da USP, o que simplificaria e facilitaria a implantação. A empresa Burroghs (atual UNISYS) ganhou a licitação. Inicialmente foi disponibilizado o computador modelo B-6900, no qual iniciou-se o processo de implantação do sistema SINCO, sua adequação e migração dos dados do DEC-10 para o novo sistema. Ainda em 1989, a UNISYS disponibilizou o computador modelo A9P, que era mais atualizado e tinha conexões com os terminais TB27, EI230, impressoras e micros que operavam como terminais. Os primeiros módulos a serem implantados foram o SAU-01 (Protocolo), SAU-05 (Controle Acadêmico) e SAU-07 (Gerenciador do Sistema).

No início de 1990, com a evolução da tecnologia, um novo modelo da série A, o A10 substituía o A9P, melhorando a capacidade de memória RAM, com processadores mais poderosos, possibilitando a expansão de periféricos, como impressoras, discos e terminais de acesso. Os terminais TB27 conectados ao A10 estavam disponíveis em um primeiro momento somente nas secretarias dos setores. Gradualmente foram sendo instalados em todos os departamentos e coordenações didáticas, pró-reitorias e bibliotecas viabilizando o acesso ao sistema SINCO/SAU.

Em 1991 o Controle Acadêmico já estava funcionando oficialmente, as matrículas dos alunos eram feitas nas coordenações dos cursos, os terminais acessavam diretamente a base de dados e as atualizações eram feitas em tempo real (on-line). Da mesma forma, as notas eram lançadas pelos departamentos responsáveis. Apesar da modernidade, o aluno ainda tinha que solicitar sua matrícula por formulário em papel na coordenação do curso e o funcionário da coordenação que digitava estas solicitações no sistema, através de transações específicas. As notas também eram lançadas pelos departamentos e o aluno só teria acesso através de relatórios impressos pelo sistema e fixados em editais. O SAU-05 era de uso exclusivo da administração, não permitia acesso aos alunos.

O SAU-02, Módulo de Recursos Humanos, demorou um pouco para ser completamente implantado. O sistema em funcionamento tinha atualizações diárias, pois a vida funcional do servidor sempre tinha alterações. Este sistema era responsável pelo processamento da folha de pagamento. Esta folha gerava mensalmente o cálculo do pagamento, fitas magnéticas com os líquidos a serem creditados nas contas correntes pelos bancos, relatórios de controle, contracheques, etc., tudo isso para algo em torno de 8.000 pessoas, entre pessoal ativo, pessoal inativo e pensionistas. Para a migração dos dados ocorrer, era preciso estar com o sistema novo funcionando adequadamente. O processo de adequação dos programas de cálculos e relatórios foi bastante difícil, pois, sendo a USP uma universidade estadual, a legislação trabalhista era diferente da legislação usada na UFPR que é uma universidade federal, o que levou a muitas mudanças nos programas. Enquanto o SAU-02 não entrava em produção a integração entre o Controle Acadêmico e o Recursos Humanos era prejudicada, o acesso do Controle Acadêmico às informações dos docentes no Recursos Humanos era precário e muitas vezes a informação estava bastante defasada. Só em 1994 , o SAU-02, módulo do RH estava pronto, sua base de dados estava toda migrada e em setembro de 1994 a primeira folha foi rodada oficialmente no SAU-02 . Estando o módulo de RH em produção, o módulo de Controle Acadêmico já acessava informações confiáveis do pessoal docente.

A integração conquistada no SINCO/SAU foi um grande avanço, mas, ainda não era o ideal. O modelo ideal de integração é quando em um sistema que possui vários módulos, existe uma única tabela de pessoas, ou seja numa mesma tabela de dados pessoais estarão funcionários, alunos da graduação, alunos da pós-graduação e outros vínculos do universo UFPR. Desse modo não há repetições de pessoas, por exemplo, uma pessoa é funcionário e também aluno, nesta tabela ela vai aparecer uma única vez, e os vínculos dela que apontariam para a tabela de aluno e para a tabela de funcionário. Tudo isso facilitaria quando fosse necessário gerar relatórios, como por exemplo, alunos que são funcionários, professores que cursam doutorado na UFPR e outros tipos de combinações.

Um outro exemplo de como a integração ideal é importante, é quando acontecem eleições na UFPR, no caso de uma eleição para Reitor, que acontece de quatro em quatro anos e abrange todos que fazem parte da universidade. A comissão eleitoral define as regras e uma delas é que se a pessoa tiver mais de um vínculo na UFPR, poderá votar só por um deles, define as prioridades, se aluno e funcionário, vota como funcionário, se professor e aluno, vota como professor, se funcionário e professor, vota como professor, etc. Se todas essas pessoas estivessem numa única tabela, através de programas era relativamente simples gerar as listas de eleitores de forma correta sem duplicação de pessoas. No SINCO/SAU, não era esta a realidade, cada módulo tinha sua própria tabela de pessoas. Para fazer estes tipos de cruzamento, poderia ser através de comparação de nomes, mas não traria resultados 100% corretos, nem sempre o nome estava digitado da mesma forma no Controle Acadêmico e no Recursos Humanos, nomes completos e/ou nomes abreviados, gerariam listas pouco confiáveis. Poderiam ser usados números de documentos, porém, número de RG não tem uma formação padrão, inviável de comparação, e o CPF, que é uma chave única, perfeita para comparações, não era um documento exigido para o alunos na época, e, poucos tinham o CPF registrado na tabela do sistema, impossibilitando seu uso. A solução encontrada era fazer a conferência manualmente, o que não era nada prático e demandava um tempo bem maior. O SINCO/SAU atendia dentro das suas limitações as necessidades administrativas da UFPR, sem grandes mudanças até o ano de 1998.

No ano de 1998 o principal assunto na área de informática era o “Bug do Milênio”. A chegada do ano 2000 traria alguns transtornos em sistemas que armazenavam o ano das datas em dois dígitos. Não era diferente no CCE da UFPR, pois o SINCO/SAU armazenava o ano com dois dígitos, sendo necessário adequá-lo. Ainda em 1998 o CCE buscou soluções para o problema. Como o quadro de pessoal estava aquém das necessidades, os técnicos responsáveis pelos sistemas já tinham suas tarefas do dia a dia, o volume de trabalho para adequação ao ano 2000 exigiria tempo e mão de obra extra, foram feitas consultas em empresas que prestavam serviços nesta área. Foram avaliados custos e garantias para o término dos trabalhos antes de 2000, concluindo-se que o custo seria muito alto, afastando esta possibilidade como solução. Até o final de 1998, nada havia sido decidido, o CCE não tinha nenhum encaminhamento para o problema. O clima era de indefinições. O diretor da época Prof. Nelson Suga, que tinha assumido em setembro de 1998, substituindo o Prof. Sérgio Scheer, decidiu elaborar um projeto para solucionar o problema, Projeto do Ano 2000, do qual foi coordenador. Este projeto contava apenas com o trabalho de 3 analistas de sistemas, que acumularam as responsabilidades de manter os sistemas em funcionamento e implantar todas as alterações necessárias.

No início do ano de 1999, o trio responsável pelo andamento do projeto do Ano 2000 começou seus trabalhos. Paralelamente ao projeto os sistemas tinham que continuar funcionando, foi necessário muito empenho, horas noturnas e finais de semana. Em novembro de 1999, o último módulo entrava em produção, os módulos SAU passaram a chamar SIAD, e já funcionando com êxito para o ano 2000, com novo nome: SIAD-01, SIAD-02, SIAD-05 e SIAD-07.

Até o ano de 2003, os Sistemas de Informações Institucionais da UFPR (SINCO/SIAD) funcionavam em máquina proprietária (UNISYS) e executavam as principais tarefas administrativas de nossa universidade. Uma das prioridades na época para a gestão vigente foi a integração desses sistemas com os demais sistemas existentes e a uma melhoria na qualidade e abrangência das informações gerenciais existentes. Para tudo isso, a UFPR e o CCE novamente foram buscar soluções em outras instituições.

Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na cidade de Santa Maria, RS, representantes da UFPR foram apresentados ao SIE – Sistema de Informações para o Ensino. No início de 2003, uma comissão para aquisição do SIE foi formada por técnicos e docentes, que após discutirem e avaliarem os prós e contras do sistema, decidiram pela sua aquisição. A UFPR através de verba do MEC, adquiriu o SIE, na expectativa de que quando todos módulos estivessem migrados para o novo sistema, teria-se com certeza um sistema com uma integração ideal.

O início oficial da implantação do Sistema SIE na UFPR foi em 16 de setembro de 2003. Inicialmente foram implantados os seguintes módulos:

– Administração do Sistema

– Acadêmico Graduação e Ensino Médio

– Espaço Físico

– Almoxarifado

Numa segunda etapa, seriam implantados:

– Compras

– Orçamento e Financeiro

– Recursos Humanos

– Protocolo

– Acadêmico Pós-graduação

O Sistema Acadêmico era prioridade, a sua implantação no sistema SIE desencadeou a execução de vários serviços, representados em números:

– Migração de dados do SIAD para o SIE:

– 51.781 alunos ativos (cursando) da graduação e seus 1.236.508 créditos;

– 8.683 alunos da Escola Técnica e seus 161.583 créditos;

– 14.268 alunos do ensino a distância e seus 85.905 créditos;

– 251 alunos da Universidade do Litoral;

– 49.763 alunos (recém-formados, matric trancada, transferidos…) e seus 1.269.569 créditos migrados para o banco de dados PostGres (Software Livre);

– 59.719 alunos (formados a mais tempo, desistentes..) e seus 1.951.589 créditos (1986-2004);

– Alunos e créditos de Disciplina Isolada.

Ao final do ano de 2003, o SIE – Sistema Acadêmico já estava adequado para funcionar na UFPR. Foram escolhidos alguns cursos como projeto piloto para realizar a primeira matrícula no SIE. No início de 2004 as matrículas destes cursos foram solicitadas e processadas no SIE. Como o número de alunos era pequeno, foi possível acompanhar todo o processo, verificar os possíveis problemas, corrigir os erros e preparar o sistema para a próxima matrícula, que envolveria todos os cursos da UFPR.

No decorrer de 2004 quando todas as informações foram migradas do SIAD-05 para o SIE – Sistema Acadêmico, o SIAD-05 deixou de ser alimentado e o Sistema Acadêmico do SIE passou a ser o sistema oficial.

O Sistema Acadêmico do SIE trouxe uma nova forma de trabalhar para as pessoas que precisam de suas informações ou até atualizar as mesmas. Através de usuário e senha os professores, técnicos e alunos podem acessar os dados, gerar relatórios e registrar dados se necessário. O professor emite seus diários de classe e também digita as notas dos alunos. O aluno solicita a matrícula diretamente no sistema, que é processada posteriormente emitindo o relatório de confirmação de matrícula, também tem acesso às notas lançadas no sistema. No início o acesso era através de terminais instalados em laboratórios e as consultas e atualizações eram on-line.

O próximo sistema a funcionar oficialmente foi o de Protocolo. Com término da migração dos dados do SIAD-01 para o SIE – Protocolo, o mesmo entrou em produção e o SIAD-01 também foi desativado.

Ainda restava o SIAD-02, Recursos Humanos, instalado no “mainframe” UNISYS. A Pró-reitoria de Recursos Humanos (PRHAE) e o Depto de Pessoal não aceitavam o SIE – Recursos Humanos, alegando que o sistema entregue não tinha toda a funcionalidade necessária para um bom funcionamento, não tinha regras de negócios codificadas em seus programas, ou seja, o sistema só tinha a estrutura de tabelas, sem nenhuma consistência. A PRHAE não adotou o SIE – Recursos Humanos como seu sistema oficial, continuando a utilizar o SIAD-02.

O SIE esta instalado em servidores com grande capacidade e com baixo custo de manutenção, se comparado ao do “mainframe”. Era meta dos responsáveis pela administração da UFPR não depender mais de máquinas como o “mainframe”. Diante disso, em outubro de 2006, foi formada uma equipe com técnicos da PRHAE e técnicos do CCE para desenvolver uma nova estrutura para um Sistema de RH, utilizando novas plataformas e novas linguagens. Foi criado um novo sistema sem grandes inovações em termos de estrutura, mas que poderia receber todos os dados que estavam no SIAD-02. Esta migração ocorreu entre os meses de março e maio de 2007, paralelamente testes ainda eram feitos no novo sistema. Em junho de 2007 uma queda de energia ocasionou uma pane no UNISYS, levando a sua desativação total. O novo Sistema de Recursos Humanos, chamado Programa de Administração de Pessoal (PAP), entrou em produção oficialmente.

Como o novo sistema de RH não faz parte do SIE, a UFPR continuava tendo um sistema integrado sem a integração ideal. Para o Controle Acadêmico ter acesso às informações de docentes na base de RH, os dados são digitados manualmente no SIE.

O Controle Acadêmico do SIE no decorrer dos anos passou por algumas melhorias, como o acesso via WEB, através do Portal do Aluno e do Portal do Professor.

Em Sessão Extraordinária do COPLAD no dia 28 de junho de 2019, o CCE passa a ser oficialmente AGTIC – Agência de Tecnologia da Informação e Comunicação (Resolução 45.19 (AGTIC) Essa mudança promove adaptações no organograma para refletir a realidade da TIC na instituição em alinhamento com as políticas e normativas do Governo Federal. A migração de marca representa adequação às novas tecnologias da área e se molda às recentes necessidades da UFPR para os serviços de TIC. A mudança permite também melhorias nos serviços prestados e melhor desenvolvimento para a TIC da universidade.

Universidade Federal do Paraná
Agência de Tecnologia da Informação e Comunicação

Avenida Francisco Heráclito dos Santos,100
81.530-000 | Curitiba | PR
Suporte e serviços: suporte@ufpr.br
(41) 3361-3333 (das 8h às 12h e das 14h às 18h)

Suporte SIGA: Entre em contato com a Coordenação do seu curso e solicite a abertura de chamado pelo sistema SIGA
Suporte UFPR Virtual: Entre em contato pelo e-mail suporte_ufprvirtual@ufpr.br
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