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Dia internacional da mulher: Homenagem às mulheres que ajudaram a construir a AGTIC

Neste dia 08 de março tão especial, a AGTIC traz uma homenagem a todas as mulheres que contribuíram para o crescimento e fortalecimento da agência.

Cada uma delas foi essencial para que o antigo CCE e a atual AGTIC trabalhasse em prol da TIC da Universidade, sempre oferecendo soluções de qualidade.

A garra e perseverança dessas mulheres refletem hoje na excelência do trabalho e das soluções hoje oferecidas.

A AGTIC agradece imensamente todas as mulheres que passaram pela agência!

Agradecimento especial às pioneiras do CCE, especialmente Clenice Luzia Valesky, Maria Cleusa S. Henklein e Rosângela França, que enviaram seus depoimentos para esta homenagem. Vocês tornaram não só a AGTIC, mas a área de TIC mais forte!

Depoimento de Clenice Luzia Valesky

Sou Clenice Luzia Valesky, graduada no Curso Técnico de Nível Superior em Processamento de Dados. Admitida na UFPR através de concurso público em 1979, no cargo de Programador de Computador, lotada no CCE, onde trabalhei por 35 anos.

Fazer um curso na área de informática foi por acaso. Prestei meu primeiro vestibular para Engenharia Química e não passei. No meio do ano a UFPR realizou um vestibular especial para o curso de Processamento de Dados, era um projeto experimental para futura implantação na UFPR. Fiz o vestibular e comecei o curso no segundo semestre de 1976, era a terceira turma na UFPR. Eram poucas mulheres, período noturno. Nem 10% eram alunas.

Assim que comecei trabalhar no CCE/UFPR (Hoje AGTIC) fui designada para a equipe responsável pelo desenvolvimento e implantação do Sistema de Folha de Pagamento. A UFPR estava adquirindo um computador de grande porte, este seria o primeiro sistema feito no CCE a ser instalado.

Foi um grande desafio estar participando desse novo sistema, a equipe tinha 2 mulheres e o dobro de homens. O analista que gerenciava tratava todos igualmente. Quando a primeira folha foi processada oficialmente, em janeiro/1981, foram muitos acertos e muitos erros também, mas, com o empenho da equipe as falhas foram sanadas e a próxima folha processada apresentou poucos erros.

Em 1985, passei num novo concurso para o cargo de Analista de Sistemas. O sistema de folha ficou sob a responsabilidade de duas analistas eu e a Noemia Idalina e a equipe era só nós duas.

Foram anos de muito trabalho, muitos finais de semana, virando noites, quando era necessário entregar os resultados dos processamentos no dia seguinte. Mas valeu a pena, tenho muito orgulho de ter contribuído para que os trabalhos pedidos ao CCE fossem entregues no prazo e corretamente.

Quando minha colega de equipe se aposentou, vieram novos sistemas, novas plataformas, novas linguagens, etc. Continuei cuidando da folha de pagamento, sendo que agora eu era a responsável e minha equipe tinha três homens. Nunca tive problemas de preconceito mesmo sendo eu a única mulher e no comando. Pode ser que naquela época até existisse algum preconceito com as mulheres, eu talvez não tenha percebido, provavelmente pelo fato de que na época o assunto não tinha a mesma relevância que nos dias de hoje.

Minhas inspirações foram as pessoas que trabalharam comigo no CCE, muitas vezes sem recursos técnicos e materiais faziam as coisas acontecerem. Em especial as mulheres guerreiras, que por inúmeras vezes abriam mão de estar com as suas famílias em madrugadas, finais de semana, para poderem entregar suas tarefas no prazo, resultado de muita dedicação.

Posso dizer que sempre tive muito orgulho do meu trabalho, sempre atendendo da melhor maneira possível as necessidades que o departamento de pessoal demandava, sempre mantendo um bom relacionamento. O reconhecimento pelo meu trabalho é meu grande orgulho.

Hoje o número de mulheres que atuam em TIC aumentou muito, mas é uma área que exige muita dedicação e doação. Acredito que as mulheres da área têm muita competência e consciência da necessidade que, muitas vezes, a profissão exige.

Depoimento Maria Cleusa S. Henklein

Meu nome é Maria Cleusa S Henklein, sou servidora aposentada da UFPR desde 2015.

Tive meu primeiro contato com a área de TI Em 1980 quando trabalhei em empresa Privada exercendo a função de Digitadora e posteriormente de Operadora de Computador

Ingressei no Centro de Computação Eletrônica como funcionária da FUNPAR em 1982 e a partir de 1984 passei a fazer parte do quadro de funcionários da UFPR continuando minhas atividades de Digitadora no CCE.

Na época eu possuía apenas o curso Técnico. As profissões da área de Tecnologia ainda não eram reconhecidas e estavam começando a se consolidar. Boa parte das pessoas dessa área vinham de outros cursos, como engenharia, estatística, matemática e outros.

Os equipamentos na época eram bastante rudimentares, basicamente consistiam em um teclado alfanumérico onde digitávamos informações em um cartão que eram representadas pela presença ou falta de furos em posições predefinidas.

A grande demanda eram as inscrições para o processo seletivo de vestibular onde o candidato preenchia seus dados pessoais e assinalava sua primeira e segunda opção de curso desejado numa ficha pré-impressa.  Digitávamos esses dados nos cartões que passavam para leitora para daí os dados serem armazenados e processados no MAINFRAIMES (grandes computadores utilizados na época).

No Centro de Computação Eletrônica, como na maioria dos ambientes de informática, a predominância era do sexo masculino, mas havia também algumas mulheres Analistas e Programadoras e eu tinha um bom relacionamento com todos. As equipes de trabalhos desenvolviam e faziam manutenções de Sistemas da UFPR, como CONTROLE ACADEMICO, A FOLHA DE PGTO, VESTIBULAR e outros. Cito esses pois eram os sistemas que eu almejava trabalhar por ouvir e ver os colaboradores comentarem a respeito dos inúmeros e complexos processos que envolviam.

Aquele ambiente me fascinava. Todo curso ministrado no CCE que eu tinha oportunidade de participar, fazia com entusiasmo e com a intenção de aprender programar.

Dentre as linguagens de programação utilizadas pelo CCE estava o COBOL, FORTRAN e BASIC.

Em 1986, fiz estágio na unidade de divisão de apoio ao usuário em programação. Eu e outros estagiários fomos submetidos a uma prova escrita para testar os conhecimentos adquiridos. Essa avaliação me habilitou para atuar no cargo de Programadora, proporcionando a oportunidade de colaborar na equipe do Controle Acadêmico subordinada à Analista responsável, Rita Cavulak Cardoso, minha inspiradora, a quem sou muito grata pelos ensinamentos e incentivos recebidos.

Por volta do ano de 1995, fui convidada pelo responsável do SISTEMA DO VESTIBULAR para atuar na equipe. Nesse período grandes transformações estavam ocorrendo na área de informática pois era o momento em que surgia a INTRANET, INTERNET. Computadores menores e mais potentes que os MAINFRAMES estavam se alastrando no mercado e nos setores da UFPR.

A Coordenação do Concurso Vestibular, antiga CCCV, com uma proposta inovadora, levou à gestão da UFPR a perspectiva de outras oportunidades de trabalho, aproveitando assim o conhecimento em processos seletivos de toda equipe e propiciando arrecadação de recursos. Com esse propósito, investiu-se bastante em hardware e em treinamento dos colaboradores. Fizemos diversos cursos de Banco de Dados Oracle e ferramentas novas já voltada para o Windows, pois até então trabalhávamos em ambiente DOS através de terminais ligados ao Mainframe da época, DECK 10. Os relatórios eram emitidos nas grandes impressoras centralizadas no CPD, backups em grandes rolos de fitas magnéticas.

No ano de 1997 tive o prazer de acompanhar uma grande evolução no processo de inscrição do processo seletivo, pois os analistas da nossa equipe desenvolveram em PLSQL o primeiro processo de inscrição de vestibular on-line, a UFPR foi pioneira no Brasil nesse quesito. Foi necessário manter o antigo processo paralelo, pois os candidatos não se sentiam seguras e tivemos poucas inscrições nesse ano. Aos poucos foi se aprimorando o processo até tornar-se exclusivamente via internet. Éramos funcionários do CCE, porém dedicados a desenvolver sistemas exclusivos para atender a demanda relacionada ao Vestibular até que a administração viu a necessidade de uma estrutura exclusiva. Foi quando em 2007 mudamos para as Agrárias.

Passamos a ser lotados no NÚCLEO DE CONCURSOS já com uma equipe de TI exclusiva a qual por longo tempo tive o grande privilégio de ser Coordenadora.

No ano de 2011 o Coordenador Geral do NC, professor Valdo Cavallet, me designou para substituí-lo na função de coordenar o Vestibular. Foi justamente em um ano atípico pois, devido a uma tempestade no dia de prova, foi necessário reaplicar as provas da primeira fase para determinados cursos. Isso originou muita notícia na mídia e exigiu de toda a gestão decisões assertivas de forma que os candidatos não se sentissem prejudicados.

Me orgulho e me considero uma pessoa realizada profissionalmente, feliz com minha trajetória na UFPR, pois amava muito o que fazia e sou extremamente grata a essa instituição que me oportunizou conhecer pessoas maravilhosas, mulheres altamente competentes e dedicadas em várias áreas, profissionais que me inspiraram no dia a dia de trabalho por mais de trinta anos.

Maria Cleusa S. Henklein

 

 

 

Depoimento Rosângela França

Sou Rosângela França, graduada no curso superior de Gestão Pública pela UFPR (2010).

Atuei 39 anos e meio no CCE, atual AGTIC. Admitida em concurso Público em 1979, cargo de Digitadora. Tendo minha mãe como incentivadora para prestar o concurso público, já que foi telefonista da Reitoria por 27 anos. No início, nossa equipe era basicamente formada por mulheres. Fazíamos a digitação de inscrição para o vestibular. Através de perfuradora de cartões, eram caixas e mais caixas de cartões. Depois de digitados, tinham que ser conferidos, trabalho redobrado.

Depois de um tempo, comecei na função de operador de computador, O DEC, depois o Unisys, todos computadores de grande porte. Não fiz o concurso interno que teve na época p operador, continuei constando cargo como Digitadora.  Mais tarde assumi a chefia de operação, por 10 anos. Minha equipe era formada por 9 operadores, sendo só uma mulher. Trabalhávamos por turnos de 6 horas, inclusive madrugadas. O trabalho era intenso, tínhamos o Recursos Humanos para atender com impressão de relatórios, etiquetas, contracheques, etc. E também o DAA (Departamento de Assuntos Acadêmicos) com impressão de histórico escolar, diário de classe, diplomas, etiquetas, etc. E novamente eram caixas e mais caixas de formulários.

O ‘mainframe’ funcionava só com baixas temperaturas, entre 21/22 graus. E como eram grandes esquentavam muito a sala. Se a temperatura subisse muito, o ‘mainframe’ desligava. E uma das grandes dificuldades que tínhamos era manter os aparelhos de ar condicionado funcionando bem, sempre apresentavam problemas, eram 5, mas nem um funcionava 100% (Sr. Hilário era o técnico).

Nossa equipe era muito boa, todos prestativos e dedicados e a amizade entre nós era muito grande. Preconceito nunca existiu.

Em 2005, foi quando mudou o plano de carreira para PCCTAE, e foi feito o reenquadramento dos cargos no novo […] fiquei com o cargo de auxiliar em ADM, nível C […]. Comecei então trabalhar na divisão de apoio ao usuário (DAU), permanecendo até a aposentadoria.

E meu orgulho durante minha atuação na UFPR, foi ter conseguido minha formação no curso superior de EAD em Gestão Pública, turma de 2010 e posteriormente fazer pós-graduação em Gestão pública tb. Sou grata a Deus!

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